sábado, 11 de setembro de 2010

Lágrimas do 11 de Setembro - Aisha



Tu que te tornaras vítima do louco,

céu indisposto conspirando contra ti.

Busca teu eterno em sombras de poucos,

pois foste convertida em números, eu vi...


Vi também teu derradeiro fim,

o estouro ecoou no céu de fogo,

trazendo teu grito até aqui,

pasma observei-te demolir

e perdi-te na poeira de chegou a mim

e olhando a maldade que o monstro plantou,

em lágrimas me perdi...


Na poeira de teus escombros

desenhei meu adeus,

sei que a maldade não termina

e esse não foi teu fim.

Alerta ao homem que controla o próprio destino,

onde está Deus?

Tu não sabes, eu não sei,

mas o homem há de ver a própria face enfim.


Quanto a ti, voa no céu de marfim,

o mesmo que testemunhou teu fim,

serás vida onde a vida se faz ver.

A morte não será teu abrigo,

não te prenderás em sepulturas tristes assim,

onde a origem do amor acolhe os que são seus.

Viras anjo, sorri, livre nos sonhos

dos homens que choraram em teu adeus.


*Aisha*

Um comentário:

  1. Aisha, comovente seu poema. E o monstro não tem cara. Mas com certeza esite um lugar melhor reservado para este anjo inocente.
    Um abraço.

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