sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um conto de amor - Aisha

Bem, vou tentar contar um conto. É a história que conta o amor entre um casal de poetas, acho que você vai gostar. E começa assim, com diálogo, mesmo porque esse casal de amantes poetas adorava conversar. Conversavam – e conversam ainda – muito e sobre todos os assuntos, e como conversam demais, nada mais justo que comece contando meu conto por um dos muitos diálogos que travam sempre.

(O diálogo)

- Oi,tudo bem contigo? Como foi seu dia hoje?
- Poetizei, poetizei muito... E poetizei você... Andei nossos caminhos e te sonhei em todos eles... Saudades, você nem imagina...
- Ah, para! Você está querendo poetizar comigo... Quero o homem agora, aquele que me ama e não ser a musa do poeta, não agora, que tal sermos um ‘tiquinho’ só normais??
- (o poeta ri gostosamente) E pra que você quer tentar o impossível??? Então se quer grandes tentativas, tenta me amar mais, muito mais, lá no infinito... Tenta fazer esse amor maior e me ame na loucura do que somos.
- De novo poetizando, você não tem jeito... E é por isso que te amo tanto... Vem, olha, fica aqui, deita no meu colo que hoje sou eu que vou te contar uma historinha.
- Oba! Já não era sem tempo! Sou sempre eu que te carrego e conto histórias, hora de ser eu a criança e você a louca, ou melhor, a adulta... (ri de novo o poeta)
- Adulta eu não garanto, mas que estou louquinha pra te fazer um cafuné e contar a história, sabe, aquela história...
- Não, não sei não. Qual é?
- Então está bem. Deita aqui que vou contar. Era uma vez um casal. Amavam-se demais e não conseguiam ficar perto um do outro sem se tocar, se beijar...

(História interrompida)


E o poeta beija a louca no grito do seu amor,
voa com ela até onde inicia o céu, virando paixão.
Grita a voz do tempo em frêmito rumor
e tudo ganha cor, nos versos do poeta,a louca perde a razão.

Cessa-se a conversa da louca com o poeta,
o silencio impera dando lugar apenas aos gemidos de prazer.
Poeta e louca pintando a vida na cor que é a mais bela:
A cor do amor que só poetas e loucas sabem fazer...

E a história segue o seu curso,
poeta e louca seguem rimando, remando em rios de sonhos,
lançam-se em único vôo, desbravando horizontes confusos,
e nada querem, nada esperam, apenas se amam em “hojes” risonhos.



Bem, termino aqui meu conto, mesmo porque esse conto não tem fim. E além do mais, o diálogo entre o poeta e a louca sempre começa mas nunca termina. Estão sempre dialogando, novas conversas, novos risos, novos sonhos, novos vôos, novos olhares, novos toques, mas tudo isso dentro do mesmo amor, que dia-a-dia, renova-se em cores mais nobres, ganhando mais graça e força.

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